26 outubro, 2006

Quando só tu prestar

Trovões e raios buscando refúgio no meio dos teus longos e finos dedos. Tempestade dentro de luvas bem engomadas. Quando fujo tenho o meu rosto estampado na capa do jornal dominical, já quando venço, os mosquitos respeitam a minha solidão. Quando o dia acabar, quando tudo restar, quando só tu prestar. Deixo chover sem sombra dentro do meu copo, faço isso na espera de algo mais sólido. Marcas de Amor são registradas para nos deixar mais individados. O Mundo vai começar e só tu vai prestar.

20 outubro, 2006

Em um dia nublado...

O dia nublado me inspira, penso em mim, somente em mim. O dia nublado não me faz sentir o tempo, apenas amanhece e anoitece. Sou egoísta e assumo, com um ar de homem gentil, pois quem não é? Me olho no espelho e noto que não poderia ser melhor e nem pior, sou o que busquei, sou o fruto da minha competência e incompetência. O dia nublado é exclusivo para o meu auto-conhecimento, para as perguntas que tenho medo de responder. Se estivesse pensando em alguém além de mim nesse momento solitário seria uma fofoca mental para mim mesmo. Mas eu não me basto, e o dia nublado não me lembra disso, para isso serve os dias ensolarados.