23 dezembro, 2006

AS DOSES DE TALVEZ

Meu joelho lateja, alguém grita que é natal, o cachorro enlouquece e a Ala 9, do nada, fica normal. Sim... talvez tenha caminhado demais, talvez seja dezembro, talvez tenha latido de mais com o meu melhor amigo, talvez a loucura não seja tão louca assim. Todas as possibilidades são aceitas, e é claro que não vamos negar nada, pelo menos não antes do primeiro gole.

Zzzzz, pois foi isso que o mosquito zuniu no Arco da Redenção, talvez sim, ou talvez não. Mais um gole! ZZZZZZZZ! Mosquito, meu caro amigo, mosquito! Mas que espécie de Redenção? Um Arco? França? Indonésia? Acápulco? Porto Alegre? Sim, não sou racional, sou o "talvez" de olhos castanhos, e se tiver camiseta de honra ao "talvez" eu quero usar uma branca tamanho G.

Me preparo para a fuga, para a perda de controle interminável, e o qual é o significado disso? A resposta é "talvez". A resposta para a insanidade é "talvez". O planeta não é Terra, é "talvez". A sua droga é "talvez", e ela não te da um prazer de ficar sem palavras? Pois a vida é um "talvez" sem fim....

11 dezembro, 2006

DESIMPORTÂNCIA DE SE IMPORTAR COM ALGO

O preço sobe, alguém morre e nada ousa me surpreender. Fico parado, nada ocorre... Me movimento, nada ocorre... Cultivo meus pensamentos molhando-os todo o dia com o que sobra no meu copo. Não fujo, pois depois de todo esse tempo seria muito cansativo. Deixo-me torrar no sol, pois não há outra alternativa. Lamentar é que não vou, talvez só para mim mesmo, mas para isso eu me ignóro.
A maçaneta estraga, os meus olhos fecham e nada ousa me derrubar. Fico feliz, e nada ocorre... Tento construir o Mundo e morro sete vezes para descobrir que eu não sou um felino. Tento destruir o Mundo, mas desisto das idiotices antes mesmo de respirar. Parar é que não vou, mas para isso ser verdade eu tenho que com algo me interessar... Sou imponte, não consigo continuar me enganando, pois minto muito mal para mim mesmo.