O bocejador
Bocejadas de outrora, quando era um e queria ser vários. O meu bocejo cria uma ladainha que contada muda de tom e de rua. O bocejo amargo de alcool é prazeroso e o meu páladar é questionado com o dedo imdicador no rosto. No silêncio a minha boca só se abre para bocejar, ah, ah, ah... Que animal boceja mais do que eu? Ah, ah, ah... O meu sono é de quem flutuou depois de ver as suas pernas serem usadas como travisseiro de piquinique. Minhas pernas cansam, ora bolas, uma cabeça pesa 20 kg. A minha reação é um bocejo, um bocejo de cada vez. Ah, ah, ah... É claro que não passo as camisas e a vida a bocejar. Os meus bocejos são apenas imáginarios, são forjados, são falsos bocejos. O bocejo é a minha irônia interna, particular. O bocejo é a masturbação do meu égo, é o prazer que ninguém vê ou sabe, é as minhas vozes resmungando. Eu bocejo por dentro porque meu saco enche. Não só bocejo, rio, falo, choro e grito por dentro. É a composição do meu sonho, ato por ato, bocejo por bocejo. Ah, ah, ah...
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